24.9.18

ESCLARECIMENTO





Pelas piores razões fui alvo de notícia, ao ser recusada a minha candidatura para o concurso de apoio ao estímulo científico, aberto pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Por isso, considero meu dever prestar os seguintes esclarecimentos.
   1 - Em primeiro lugar, quero agradecer a solidariedade que tive de imediato das mais variadas pessoas, embora não tanto da academia, à qual não pertenço. Não só o interesse e a manifestação da consternação me comoveram como me fizeram lembrar que a verdadeira avaliação, porque a mais justa, é a dos leitores e de todos aqueles que me ouvem em aulas, colóquios, conferências e congressos. Muito obrigada
  2 - Em segundo lugar, pelas caixas de comentários na imprensa, apercebi-me de que muitos portugueses consideram que quem investiga em Portugal não o faz a tempo inteiro e ignoram que tem as mesmas necessidades de vida de qualquer outro trabalhador. Por isso esse trabalho deve ser financiado com um salário/ordenado.
   3 - Mais importante, desejo tornar público de imediato que me junto à investigadora Professora Doutora Maria Manuel Mota no propósito de não recorrer da decisão dos avaliadores do concurso a que me sujeitei e cujas regras do jogo aceitei. Aproveito para a felicitar pela coragem com que publicitou a recusa do seu projecto. Também, por já me ter candidatado a diversos concursos, apercebi-me que é extremamente difícil uma decisão ficar sem efeito. Além disso, a mediatização que a minha recusa já teve poderia ser considerada uma pressão sobre os avaliadores do recurso.
-  4 - Solidarizo-me com todos os 3.600 colegas que viram os seus projectos recusados e lembro-lhes que haverá mais concursos.
   5 - Finalmente, aguardarei até ao fim do processo - neste caso até ao final do prazo de recurso e audiência -, para tornar pública a avaliação que me foi feita. Faço-o, para que sejam corrigidos no futuro critérios que considero errados.

Irene Flunser Pimentel

"Morriña en un nido de espías" - ("Portugal, paraíso de espías")


Los británicos escuchaban cómo (Pujol) engañaba a los alemanes y poco después lo reclutaron”, explica la historiadora Irene Pimentel, autora del libro “Espías en Portugal durante al II Guerra Mundial”